quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Organismos geneticamente modificados também atuam na luta contra o câncer... Vejam a matéria da Veja Abril:


Células geneticamente modificadas

Linfócitos T, células do sistema imunológico, foram geneticamente modificados por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para atacar tumores de pacientes com leucemia.
O tratamento foi testado em doze pacientes com câncer em estágios avançados, sendo dez adultos com leucemia linfoide crônica, que costuma aparecer em pessoas com mais de 55 anos, e duas crianças com leucemia linfoide aguda, o tipo mais comum em crianças. Dentre eles, nove participantes responderam positivamente ao tratamento com linfócitos T.
Dois dos três primeiros pacientes a receberem esse tratamento com células modificadas ainda apresentam a doença em estado de remissão (quando o câncer desaparece por um tempo depois do tratamento), depois de mais de dois anos. Para Carl June, um dos pesquisadores do grupo, é possível que no futuro essa técnica reduza ou até substitua a necessidade de transplantes de medula óssea.
As células geneticamente modificadas têm como objetivo atacar células que expressam uma proteína denominada CD19, o que inclui as células tumorais de ambos os tipo de leucemia estudados, além dos linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos. Os linfócitos T também são capazes de se multiplicar, constituindo um verdadeiro “exército”, até que todas as células tumorais sejam destruídas.
Como esse tratamento provoca a destruição dos linfócitos B normais, que são importantes no combate a infecções, os pacientes estão recebendo tratamento com imunoglobulina, de forma a prevenir o aparecimento de infecções.