terça-feira, 25 de junho de 2013

'Transgênicos são seguros', diz documento (texto retirado do site: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/transgenicos2.php

A posição da FAO vai de encontro às teses mais difundidas, segundo as quais o problema da fome não está relacionado à escassez de alimentos, mas sim à má distribuição. O documento frisa que o grande desafio da biotecnologia é desenvolver técnicas que combinem o aumento da produção, a redução dos custos, a proteção do meio ambiente e, ainda, garantam a segurança alimentar. 

Embora o documento sustente que a biotecnologia não se restringe aos transgênicos, o texto cita o que considera organismos geneticamente modificados bem-sucedidos: 

'Exemplos são encontrados em variedades de arroz e canola que contêm consideráveis quantidades de betacaroteno. Esse precursor da vitamina A está presente em poucos itens da dieta de muitas pessoas, particularmente nos países em desenvolvimento, onde poderia ajudar a reduzir deficiências crônicas de vitamina A.' 

Segundo o texto, a pesquisa agrícola pode tirar pessoas da pobreza, ao aumentar os lucros e reduzir o preço dos alimentos. Dados da FAO revelam que mais de 70% das pessoas mais pobres do mundo vivem em áreas rurais e dependem diretamente da agricultura para sua sobrevivência. O relatório foi divulgado menos de uma semana depois de a Monsanto ter desistido do lançamento de um trigo transgênico, sob a alegação de que não havia aceitação por parte dos consumidores.

Mas o documento da FAO sustenta que, embora muitos europeus se oponham aos organismos geneticamente modificados, o mesmo não corre entre os consumidores dos países em desenvolvimento.Embora frise que pouco se conhece sobre os efeitos a longo-prazo da ingestão de transgênicos, o texto sustenta que 'os cientistas em geral concordam que os atuais cultivos transgênicos e os alimentos derivados deles são seguros para comer'. 

Transgênicos podem ser benéficos (texto retirado do site: http://ww


Os alimentos transgênicos trazem benefícios à saúde humana e ao ambiente. Quem afirma é o biólogo e professor do Departamento de Genética e pesquisador do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Universidade de Campinas (Unicamp), Marcelo Menossi, que participou em Curitiba, do lançamento da revista Nutrição e Saúde. A publicação vai levar a discussão para outros seis estados. Segundo Menossi, o melhoramento genético já é desenvolvido há muitos anos em todo o mundo e surgiu com o cruzamento de espécies para a obtenção de plantas mais produtivas e resistentes a doenças. O que se faz com os alimentos transgênicos, explica o pesquisador, é manipular o gene de determinadas culturas para se obter resultados parecidos e até melhores que os cruzamentos. Segundo ele, as afirmações de que os alimentos geneticamente modificados causam danos à saúde não procedem, "pois eles são igualmente seguros como os alimentos convencionais". Ele garantiu que a rejeição na Europa surgiu quando os organismos de segurança daquele país não conseguiam explicar o aparecimento da doença que atingiu os rebanhos, chamada de vaca-louca, e a explosão de casos de HIV/aids. "Mas nos EUA os produtos transgênicos são consumidos desde 1994 e até hoje não há registro de casos de alergia ou qualquer outra doença", afirmou. Ele disse ainda que setores de peso na comunidade científica, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial da Saúde para a Agricultura e Alimentação (FAO) tem manifestado apoio ao uso racional dos transgênicos. Até mesmo os projetos como o da soja Roundup ready – que é obtida com um gene de bactéria resistente ao herbicida Roundup –, desenvolvida pela multinacional Monsanto, também não apresentaram danos à saúde dos consumidores. "O que existe é uma desinformação à população, e por isso essa resistência", disse. O pesquisador afirma que os produtos transgênicos podem diminuir impactos negativos no ambiente, principalmente no tocante ao uso de produtos químicos. Na China, citou Menossi, a utilização de algodão resistente reduziu, nos anos de 1999 a 2000, em 125 mil toneladas o uso de inseticidas. Porém o pesquisador alerta que antes de adotar a tecnologia é preciso avaliar o contexto de cada país. "Existem espécies que podem sofrer alterações com o cruzamento, e por isso é importante continuar investindo em pesquisas", finalizou.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Alimentos geneticamente melhorados são essenciais para a economia do Quênia. (http://cib.org.br/em-dia-com-a-ciencia/noticias/alimentos-geneticamente-melhorados-sao-essenciais-para-a-economia-do-quenia/)

O Dr. Kilemi Mwiria, Ministro Assistente do Quênia acredita que a engenharia genética tem grande potencial para aumentar a produtividade da agricultura, silvicultura (espécies florestais) e pesca, e, conseqüentemente, a economia do Quênia. De acordo com o ministro, “já existem exemplos nos quais a engenharia genética está auxiliando a redução da transmissão de doenças em humanos e animais com novas vacinas.” E na alimentação há o exemplo do arroz que foi modificado geneticamente para ter maiores quantidades de caroteno (pró-vitamina A) e ferro e poderá melhorar a saúde de muitas comunidades de baixa renda. O Quênia precisa da biotecnologia para solucionar seus problemas ambientais e há demandas públicas ilimitadas por serviços e produtos da biotecnologia agrícola, observou.

domingo, 31 de março de 2013

Transgênicos e evolução dirigida. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702000000300014&lang=pt


“Ser contra ou a favor dos transgênicos é insensatez. É o mesmo que se posicionar contra toda a indústria farmacêutica e promover o banimento de fármacos, por existirem, ao lado de medicamentos úteis, outros que são prejudiciais ou causam efeitos colaterais em algumas pessoas. Ou ser contra a indústria automobilística e lutar por sua extinção, pois os automóveis causam acidentes e aumentam a poluição. Ou ser contra a Internet, pois ela também transmite pornografia infantil!” (AZEVEDO, et al.)

A falta de informação sobre os Organismos Geneticamente Modificados no Brasil. Isabelle Geoffroy RibeiroI; Victor Augustus MarinII. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000200010&lang=pt

"No Brasil, o cultivo de plantas geneticamente modificadas se iniciou no fim da década de 1990 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A soja transgênica foi plantada ilegalmente no Brasil, Rio Grande do Sul, através de contrabando vindo da Argentina, onde a mesma já era plantada em larga escala. Logo, a soja Roundup Ready seria objeto da primeira solicitação de autorização para cultivo transgênico em escala comercial no país, recebendo, na sequência, parecer favorável da CTNBio13. Após a autorização concedida por esta, o Greenpeace e o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), entraram com um processo na 6ª Vara de Justiça Federal contra a Monsanto e o governo federal. Esse processo marcou o início da moratória judicial para liberações comerciais de transgênicos no Brasil e fez com que as variedades transgênicas permanecessem fora do mercado entre 1998 e 200314."

domingo, 3 de março de 2013

Há alternativas ao uso dos transgênicos? Hugh Lacey Professor emérito de filosofia no Swarthmore College (Pensilvânia, EUA) e atua com freqüencia como professor visitante na FFLCH-USP. Ultimamente tem escrito sobre o papel dos valores na pesquisa científica e sobretudo sobre a controvérsia em torno dos transgênicos. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002007000200005&lang=pt)


Quanto à questão sobre se a agroecologia poderia produzir alimento suficiente para a população mundial, considero-a como uma falsa questão.
1. Hoje (segundo dados da FAO) a produção mundial de alimentos é suficiente para alimentar toda a humanidade e ainda sobra. Portanto, o problema não é a produção de alimentos (pois senão não haveria mais fome no mundo) e sim o acesso à renda que permita a sua aquisição.
2. A ciência agronômica convencional (modelo da agricultura "moderna" ou baseada na "revolução verde") organizou-se baseada nos seguintes princípios: mecanização, uso de adubos industrializados, uso de agrotóxicos, e seleção de variedades que respondessem às demais tecnologias; tudo isso baseado no uso de combustíveis fósseis que permitiam trazer a agricultura para a lógica e a dinâmica das cadeias produtivas industriais (agora agroindustriais). Tudo isso foi possível graças a elevados investimentos em pesquisa, difusão de tecnologias, crédito, garantia de preços mínimos aos agricultores e subsídios à produção industrial de insumos e à sua comercialização e utilização. No Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento tudo isso foi promovido com recursos públicos e utilizaram-se como paradigma modelos desenvolvidos em países de clima temperado. O desenvolvimento de todo esse complexo tem se dado durante os últimos cinqüenta anos. Se a agroecologia tiver todo esse apoio, será que daqui a cinqüenta anos não teremos uma agricultura sustentável?
Voltando para a realidade brasileira, hoje posso lhe dizer que a agroecologia tem se desenvolvido principalmente em comunidades, cooperativas e organizações de agricultores que não têm acesso a crédito, a assistência técnica nem a tecnologia para seus sistemas de produção que não prescindam de altos investimentos em insumos. Nesse cenário estão se desenvolvendo modelos de agricultura com baixo uso de insumos externos, práticas de rotação e consórcio de culturas, policultivo, práticas de conservação do solo e da água. Modelos que têm permitido a famílias sobreviver, se alimentar e se desenvolver sem depender de recursos externos. Se este modelo está dando certo sem apoio estatal, não dará mais certo com apoio? É nisso que estamos pensando na EMBRAPA.

Segurança alimentar: a abordagem dos alimentos transgênicos. Suzi Barletto CAVALLI (Quer ler mais e se informar?? http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732001000400007&lang=pt)

"é preciso enfrentar a realidade, não se pode atrasar o relógio e regressar aos velhos tempos dos anos 30, quando a população mundial era de 2 bilhões de pessoas e se usavam pouco fertilizantes e insumos químicos. Não se pode perder a visão da tarefa descomunal de alimentar 8 a 10 bilhões de pessoas no futuro" ... " a biotecnologia seria o caminho para aumentar a oferta de alimentos no mundo" (Souza, 1999b)